O VINHO ** Engasgou-se! No tão delicioso vinho que nunca bebera.

Foi assim
Um acalento guardado que de repente aconteceu
O que sonhava.
Foram horas madrugada adentro em carinhos e palavras, era como uma explosão de sentimentos guardados era uma loucura sem igual, jamais vivida. Foi como se a vida tivesse começado de verdade. Então ela de encontro a esse momento que parecia não chegar nunca, mas aconteceu, na verdade ela fez acontecer sem se dar conta que estava na estação errada.
Talvez impusesse um encontro que tanto sonhara que tanto queria. Mas foi violada! Foi como se o outro fizesse a obrigação de amar por alguns minutos e pronto, tudo acabou.
Não beberam o vinho, não deixaram as horas passarem junto com eles. Era só um brotinho de rosa, que fora cortado antes da hora, não regaram, não deram luz.
Esse brotinho não teve nenhuma chance de poder crescer.
Ele foi morto por uma outra rosa, que reinava naquele jardim, sem saber ela ainda sonhava com uma volta, um outro momento que faria tudo diferente.
Nunca houve! Engasgou-se! No tão delicioso vinho que nunca bebera.
Agora ela entende que sonhou sozinha, que vibrou sozinha, que se deixou levar por um amor que nunca existiu, em nenhum momento. Ta na beira do abismo com vontade de pular. Fez de conta que alegria tinha voltado, pra seguir em frente.
Só assim pode entender realmente que fora descartada, que não representou nada. Mas foi violada. Tal ato foi realização linda pra ela. Mas só foi mais uma.
O pior é que ela espera ainda olhar naqueles olhos que a fez feliz por minutos.
Ela espera ouvir a voz, ouvir palavras, ouvir, ouvir e nada ouve. O silêncio predomina sempre.

F.LAN